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Negócios & Transações

M&A Connect: Painel debate oportunidades de M&A em cenários adversos

Mesa apresentada pelo BVA – Barreto Veiga Advogados trouxe discussões sobre cenário de juros nas transações de M&A

O painel “Overview das operações de M&A no Brasil: como navegar no cenário atual” reuniu no M&A Connect Alex Anton, Strategy & M&A Executive Director da Softplan; Ricardo Assumpção, sócio da Vinci Compass; e Daniella Tavares, general counsel Latam do Volaris Group. O debate foi apresentado por Felipe Barreto Veiga, sócio do BVA – Barreto Veiga Advogados, que abriu a mesa com um questionamento: estamos de fato em uma retomada?

Para os debatedores, o cenário adverso reduz o volume de ativos atrativos no mercado.

“Para uma companhia que gera caixa, que cresce 30% ao ano, crescer inorganicamente faz muito sentido. Mas tem pouco ativo à disposição no mercado, porque um empreendedor sabe que em um contexto mais competitivo ele vai ter mais poder de barganha e conseguir uma proposta mais competitiva”, defendeu Alex Anton.

Daniella Tavares vai na mesma direção, mas afirma que existem oportunidades no mercado.

“O mercado está difícil, mas a gente não para de comprar. Existem oportunidade, mas é difícil, porque os vendedores que podem, seguram. Mas existem aqueles que estão sem sucessão e precisam sair, porque a geração mais nova não quer ficar na empresa. Então a gente navega nessas oportunidades. Ano que vem pode ser que haja uma retraída por conta de governo, ano de eleição, mas seguimos ativos”, exemplificou.

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Para Ricardo Assumpção, as transações tendem a continuar acontecendo, mas por motivos diversos dos verificados em 2020 e 2021, quando foi registrada alta nos deals de M&A.

“O que a gente tem visto, acho que dá para fazer um paralelo com outros ciclos do Brasil. Há 10 anos a gente estava na mesma situação de taxas de juros, então a história vem se repetindo. Agora está pior relativo ao que estava bom em 2020 e 2021. Mas nem tanto no comparativo com 2014 e 2015. Mesmo assim, o M&A sai, cada um por motivo. Quando os juros estão baixos, o motivo é a corrida pelo retorno. Quando os juros estão altos, os motivos mudam. Ou é defensivo, pois preciso reduzir meu custo de capital; ou oportunístico. Existem oportunidades que não podem ser ignoradas. Mas o fato é que o motivo mudou frente a 4 anos atrás”, defendeu.