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FILASA: Novas funções do General Counsel em debate

Mesa debateu temas como a necessidade do General Counsel não somente apontar os riscos da operação, mas também a participação nas decisões.

Foto: Decisor Brasil

O painel “Entrevista: Principais Temas da Agenda do General Counsel” ocorreu durante a 4ª edição do Finance & Law Summit and Awards (FILASA). A mesa foi realizada na sala “Corporate Business & Law” e foi mediada por Gustavo Quedevez, sócio do BVA Advogados, contando com a participação de Lizandra Lima, Legal & Integrity Corporate Director da Eurofarma, e Marcela Coelho e Mello Souza, General Counsel Brazil & Compliance Officer LATAM da Siemens Energy.

Quedevez iniciou a entrevista abordando a necessidade do novo General Counsel ter um olhar multidisciplinar, não somente o olhar jurídico que era exigido anteriormente.

“Existe uma nova questão de que há a necessidade de termos advogados multidisciplinares que tenham olhares não somente para as áreas jurídicas, mas que também entendam e consigam transitar entre o financeiro, compliance e outras áreas da companhia”. 

Coelho explicou que a figura do General Counsel, que era essa versão do advogado que somente apresentava os riscos para que o CEO ou o CFO tomasse as decisões mudou.

“Hoje em dia o General Counsel tem que avaliar toda a operação e tomar as decisões também, tanto que em algumas empresas já estamos vendo alguns deles assumindo como essa figura de CEO. As análises estão sendo feitas avaliando a operação como um todo, tendo uma visão da estrutura de uma maneira macro, não somente focada nas questões legais.”

Lima contou um pouco sobre sua carreira e sua visão sobre a multidisciplinaridade do advogado.

“Eu entendo que se eu for somente advogada, não atenderia bem meu cliente, pois eu tenho que entender ele e seu negócio. Sempre construí minha carreira com esse pensamento e fui aprimorando minha visão para entender como tomar as decisões na companhia. Hoje é necessário que não somente apontemos para os líderes quais são os riscos, mas que também participemos das reuniões para falar como ele poderia ser resolvido. É uma função exigida para todos os níveis e áreas, não somente para o jurídico” 

Marcela complementa explicando que essa inclusão de um General Counsel mais ativo é um avanço interessante para as carreiras.

“Estão sendo vistas cada vez mais inclusões do General Counsel nesse papel de se reunir e tomar decisões estratégicas, é interessante vermos que isso está virando uma peça chave para as operações“

Lizandra complementa que essas novas funções serão vistas cada vez mais e que serão necessárias para que haja um desenrolar e avanço na carreira.