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'É o nosso manifesto em ação: conectar o Direito à realidade'

Francisco Kummel, managing partner do CMT Advogados e 37° colocado do Top Decisores: Managing Partners 2025, fala sobre a expansão nacional do escritório, sua abordagem multidisciplinar e como inovação aplicada transforma o aconselhamento jurídico em impacto corporativo.

Do Sul do Brasil para oito unidades em todo o país e uma em Lisboa, o CMT Advogados preservou sua cultura de proximidade e pragmatismo, ganhando escala, capilaridade e visão comparada. Francisco Kummel compartilha como essa trajetória molda a identidade do escritório, seus diferenciais no mercado e a visão para os próximos 12 meses.

Confira a entrevista na íntegra:

O CMT Advogados nasceu no Sul do Brasil e hoje se consolidou também em nível nacional. Como essa trajetória molda a identidade e a estratégia do escritório?

Nossa origem no Sul nos ensinou a ser pragmáticos, próximos do cliente e orientados a resultado. Ao expandir para oito unidades no Brasil e uma em Lisboa, preservamos essa cultura de “mão na massa”, mas ganhamos escala, capilaridade e visão comparada, algo essencial para clientes que operam em múltiplas jurisdições. Na prática, isso se traduz em uma estratégia com três pilares: (i) conexão profunda com o negócio do cliente (não apenas com a tese jurídica), (ii) atuação multidisciplinar para resolver problemas complexos com rapidez e previsibilidade e (iii) inovação aplicada, sem burocracia, para transformar aconselhamento jurídico em impacto corporativo. É o nosso manifesto em ação: conectar o Direito à realidade, pensar fora da caixa e entregar solução, não apenas opinião.

Quais você considera os principais diferenciais do escritório hoje no mercado jurídico brasileiro?

Quatro destaques:

  1. Foco em problemas complexos com abordagem multidisciplinar e uso inteligente de tecnologia como meio, não como fim.

  2. Senioridade próxima do caso: sócios lideram frentes críticas, garantindo estratégia clara e decisões rápidas.

  3. Conexão jurídica em temas de gestão financeira: forte atuação em provisões e contingenciamento, traduzindo risco jurídico em impacto econômico e previsibilidade para a gestão.

  4. Atuação em temas relevantes de alto impacto: disputas societárias, contratos complexos, M&A middle-market, investigações internas e questões regulatórias setoriais (agronegócio, indústria, varejo e saúde), com contencioso estratégico orientado a precedentes e desfechos efetivos.

Além disso, nossa unidade de São Paulo conta com um time muito qualificado e opera como hub de proximidade com departamentos jurídicos corporativos e empresas sediadas na capital, acelerando interação executiva, análises profundas e velocidade de resposta.

O que podemos esperar da sua gestão nos próximos 12 meses?

Três pontos chave:

  1. Aprofundar a integração entre jurídico, controladoria e finanças do cliente (rotinas de provisão, parâmetros de acordos e dashboards de risco) para reduzir o custo total de litígio e dar visibilidade ao CFO.

  2. Governança de segurança da informação como pilar de confiança e diferencias no relacionamento com clientes, elevando processos e controles (políticas, auditorias, gestão de acessos, e treinamento contínuo) para manter o CMT acima da média nacional em proteção de dados e confidencialidade.

  3. Foco setorial em agronegócio, indústria, varejo e saúde, reforçando parcerias estratégicas e conteúdo executivo; com nossa unidade de Brasília cada vez mais como um hub de proximidade com os Tribunais Superiores, acelerando inteligência de precedentes e a efetividade do nosso contencioso estratégico.

De que forma a sua gestão busca dar continuidade à trajetória do escritório e, ao mesmo tempo, trazer inovações?

Continuidade: manter a cultura de proximidade, ética e entrega que nos trouxe até aqui, garantindo senioridade nas frentes críticas, linguagem de negócios e foco em solução. Inovação: transformar essa cultura em processo escalável, com: (i) rituais de qualidade e lições aprendidas entre unidades; (ii) automação do que é repetitivo e curadoria humana no que é estratégico; e (iii) indicadores que integrem jurídico e finanças (provisões, acuracidade de dados, previsibilidade, alinhamento entre áreas e custo total). Em outras palavras, evoluir o “jeito CMT” para um modelo cada vez mais data-informed e data-driven, sem perder nossa identidade de escritório que conecta o Direito à realidade e resolve problemas “sem amarras, sem burocracia”.