A abertura do IBA 2024 aconteceu no México, no dia 15 de setembro, marcando o início de um evento super importante para advogados de todo o mundo. A presidente do IBA, Almudena Arpón de Mendívil, deu as boas-vindas aos participantes, destacando como o evento ajuda a reforçar a justiça e os direitos humanos globalmente.
Logo após, subiu ao palco Norma Piña, presidente da Suprema Corte do México e a primeira mulher a ocupar o cargo. Ela trouxe uma mensagem forte e inspiradora: “A justiça não é só uma questão de leis e tribunais, é uma questão de direitos humanos.” Norma reforçou que o sistema de justiça deve se conectar às pessoas e não se limitar às regras.
Ernesto Zedillo Ponce, ex-presidente do México (1994-2000), também participou, lembrando a todos que “A democracia e a justiça são dependentes, uma não pode existir sem a outra.” Ele enfatizou o quanto é essencial ter um sistema judicial sólido para garantir que a democracia funcione de verdade.
Na palestra “Football World Cup: A blessing or a curse for clubs?”, o impacto da Copa do Mundo nos clubes foi amplamente discutido, levantando preocupações sobre o calendário sobrecarregado de competições e a saúde dos jogadores. Os chairs da sessão, Pieter Paepe e David Sharpe KC, conduziram a discussão com insights valiosos dos palestrantes Desiree Ornella Bellia, da FIFA, e Marisol Rodriguez, do Tigres de Nuevo Leon.
Pieter Paepe trouxe à tona um recente relatório da FIFA sobre o bem-estar dos jogadores, destacando que “88% dos especialistas concordam que jogadores profissionais não deveriam exceder 55 partidas por temporada, pois isso aumenta o risco de lesões e exaustão.” Paepe também mencionou que a sobrecarga de competições internacionais e a falta de consulta aos jogadores têm gerado insatisfação em várias ligas e sindicatos. Para muitos, o FIFA Club World Cup exemplifica uma falha de governança que ignora o bem-estar dos atletas, resultando em ações legais por parte de diversas ligas importantes.
Por outro lado, Marisol Rodriguez falou sobre o impacto positivo que a Copa do Mundo traz para a cidade de Monterrey, uma das sedes do torneio. Ela enfatizou o papel da equipe Tigres em eventos pré-Copa e em iniciativas voltadas para os direitos humanos. “Estamos envolvidos em várias iniciativas, focando em direitos humanos, paz e não violência, buscando evitar as complicações vistas em Copas anteriores.”
A discussão deixou claro que, embora a Copa do Mundo ofereça grandes oportunidades para visibilidade e negócios, os desafios para os clubes, em termos de gestão de jogadores e calendário, continuam sendo uma preocupação crítica. O evento, embora um espetáculo global, pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição para os clubes, dependendo de como os interesses dos atletas e organizações forem equilibrados.
O evento vai até quinta-feira e terá painéis e discussões sobre temas como governança, direitos humanos e o impacto da tecnologia no direito.